"Carne Esponjosa" no Nariz: Existe Isso ???

“Carne Esponjosa” é um termo popular, comumente utilizado para descrever as conchas (também chamadas de cornetos) e / ou os pólipos nasais.

As conchas são estruturas normais do nariz. Localizadas nas paredes laterais, são responsáveis ​​pelo aquecimento, filtração e umidificação do ar inalado. Seu tamanho varia conforme o fluxo de sangue no nariz, aumento e consequentemente levando à obstrução nasal quando estamos deitados ou na presença de processos inflamatórios como resfriados, rinites e sinusites.

Os pólipos são um tecido inflamatório que se origina na mucosa do nariz e dos seios da face. São mais frequentes em pessoas com asma, rinite alérgica e alergia a medicamentos anti-inflamatórios. Quando os aumentados podem causar obstrução nasal, redução do olfato e sinusite crônica ou recorrente.

Afonso Ravanello Mariante

Cremers 27274

Otorrinolaringologista

Papiloma Invertido

O papiloma invertido é um tumor que se origina da parede lateral do nariz. Apesar
de benigno, é localmente agressivo e apresenta potencial de invasão e de malignização.

Os sintomas costumam ser inespecíficos como obstrução nasal unilateral, sangramentos, sinusites recorrentes e alterações do olfato.

A consulta com otorrinolaringologista, associada à endoscopia nasal e exames de imagem como a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética permitem avaliar a extensão da lesão e ajudam a diferenciar de outras doenças como, por exemplo, os pólipos nasais.

O tratamento é cirúrgico, visando a ressecção completa da lesão. A cirurgia pode ser realizada por acessos externos ou por via Endoscópica (por video), sem cicatrizes.

Afonso Ravanello Mariante

Cremers 27274

Otorrinolaringologista

Dicas para Quem Perdeu o Olfato

Se você perdeu o olfato parcialmente ou totalmente devido a infecção por coronavírus, fique atento em relação aos seguintes cuidados:

1) Alimentação - Você pode não perceber o sabor dos alimentos. Verifique a data de validade e a textura para ter certeza que não estão estragados. Evite colocar óleo, sal ou pimenta em excesso.

2) Segurança - Você pode não perceber o cheiro da fumaça ou de um vazamento de gás. Cuidados redobrados em casa.

3) Higiene pessoal - Solicite ajuda a um familiar ou amigo próximo para se certificar que você não exagerou no perfume ou se suas roupas precisam ser lavadas.

4) Consulte o otorrinolaringologista de sua confiança. Outras causas de perda olfatória como tumores, sinusites e doenças degenerativas devem ser excluídas. O tratamento medicamentoso e o treinamento olfatório são importantes para a recuperação deste valioso sentido.

Afonso Ravanello Mariante

Cremers 27274

Otorrinolaringologista

Sangramento Nasal é Normal?

Apesar de muito comum, o sangramento nasal, também conhecido como epistaxe pode ser considerado normal.

Casos de casos o sangramento provém do rompimento de um pequeno vaso sanguíneo do nariz, sendo de pequeno volume um auto-limitado.

As principais causas de epistaxe são:

- Trauma, incluindo uma manipulação digital

- Inalação de ar frio e seco

- Inflamações como rinite e sinusite

- Corpo estranho sem nariz

- Tumores

- Distúrbios da coagulação

- Pressão alta

Em caso de sangramento, manter a cabeça na posição ereta e comprima o nariz por fora de alguns minutos. Não manipule por dentro e não assoe o nariz.

A consulta com médico otorrinolaringologista é importante para a avaliação da cavidade nasal, controle do sangramento refratário e prevenção das recorrências.

Afonso Ravanello Mariante

Cremers 27274

Otorrinolaringologista

26 de Setembro - Dia Nacional do Surdo

Hoje é comemorado o dia nacional do surdo. A data relembra todas as adversidades da comunidade surda e tem por objetivo debater a importância da inclusão social.

A perda auditiva não tratada pode resultar em problemas sociais e psicológicos, com impacto significativo na qualidade de vida e no relacionamento interpessoal. Muitas pessoas podem apresentar falta de concentração, isolamento social, depressão, frustração, ansiedade, insegurança e baixa-estima. Pesquisas apontam também uma associação da perda auditiva com desenvolvimento de transtornos do equilíbrio, quedas, défices cognitivos e demência.

Na maioria dos casos, perda auditiva pode ser corrigida ou reabilitada através de medicamentos, cirurgias ou de aparelhos auditivos.

No caso de perda auditiva, procure seu otorrinolaringologista.

Afonso Ravanello Mariante

Cremers 27274

Otorrinolaringologista

Tem Problema Respirar Mal pelo Nariz?

A resposta é sim. O nariz serve para filtrar, aquecer e umedecer o ar inalado, tornando-o mais preparado para atingir os pulmões. Além disso, é diretamente responsável pelo olfato e parte do paladar.

A obstrução nasal crônica tem um impacto significativo na qualidade de vida. Está associada a roncos, apneia do sono, fadiga, seca, redução do olfato, mudanças de garganta, piora do desempenho físico e, em desenvolvimento das crianças e adolescentes, mudanças do sangue facial.

Como principais causas de obstrução nasal são desvios de septo, hipertrofia de conchas (cornetos nasais), adenóides, rinossinusites, pólipos, insuficiência de válvula nasal e tumores.

Em caso de obstrução nasal crônica consulte seu otorrinolaringologista.

Afonso Ravanello Mariante

Cremers 27274

Otorrinolaringologista

Tenho Desvio do Septo Nasal. Preciso Operar ??

Essa é uma pergunta muito frequente no consultório, e a resposta é ...

DEPENDE!

Dados da Associação Americana de Otorrinolaringologia estimam que aproximadamente 8 de cada 10 pessoas apresentem desvio de septo nasal.

O septo é uma estrutura que separa as duas narinas, sendo formado por uma parte óssea e uma cartilaginosa. Traseira do tamanho do desvio e de sua posição dentro da cavidade nasal, as pessoas podem ser assintomáticas ou apresentar diferentes graus de obstrução nasal, respiração oral, sinusites, dores de cabeça e até mesmo ronco e má qualidade do sono.

A cirurgia para correção do desvio ( septoplastia) normalmente é atribuída com base nos sintomas do paciente, melhorar a respiração e a qualidade de vida.

Afonso Ravanello Mariante

Cremers 27274

Otorrinolaringologista

O Perigoso Uso de Descongestionantes Nasais

     O nariz tem a função de aquecer, umidificar e filtrar o ar inalado. Os principais fatores associados à obstrução nasal são o desvio de septo nasal e a hipertrofia ou aumento das conchas nasais.

     As conchas nasais são estruturas da parede nasal lateral. Seu tamanho varia conforme a chegada de sangue no nariz, de modo que inflamações como gripes, rinites ou resfriados, ou mesmo mudanças de posição da cabeça, por exemplo quando estamos deitados, aumentam a quantidade de sangue no nariz causando o aumento do tamanho das conchas e consequentemente obstrução nasal.

     Os Descongestionantes Nasais tópicos ( gotas) atuam como vasoconstritores nas conchas nasais, reduzindo temporariamente a chegada de sangue nestas estruturas e dessa forma o seu tamanho. A redução de tamanho das conchas nasais desobstrui o nariz temporariamente, causando alívio da obstrução.

     O uso frequente destes medicamentos ( 7 a 10 dias) desencadeia um processo inflamatório chamado Rinite Medicamentosa que, por sua vez, leva a um aumento no tamanho das conchas nasais e consequente piora da obstrução. Isto muitas vezes gera um círculo vicioso onde a pessoa passa a utilizar o descongestionante várias vezes ao dia.

     O principal perigo do uso frequente destes medicamentos está no aumento de risco cardiovascular. Muitos pacientes desenvolvem Hipertensão Arterial Sistêmica ( pressão alta) e Arritmias (alterações do ritmo do coração) devido ao uso de descongestionantes, aumentando o risco de Infarto Agudo do Miocárdio e de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

     A forma mais adequada de fazer a higienização nasal é através de lavagens com soro fisiológico 0,9%. Para os pacientes já "viciados" em descongestionantes existem várias opções de tratamento que facilitam o abandono destas medicações. 

Afonso Ravanello Mariante

CREMERS 27274

Otorrinolaringologista

Dicas para controle da Rinite Alérgica

     Uma riinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal que atinge aproximadamente 30% da população. Algumas substâncias (alergenos) como lã, poira e pólens quando inaladas podem desencadear como crises de rinite. Os principais alergenos envolvidos na rinite são os ácaros, insetos que se alimentam da descamação da pele e se desenvolvem em ambientes úmidos, quentes e pouco ventilados como colchões, tapetes, cortinas e móveis estofados.

     O controle ambiental é uma peça chave no tratamento da rinite, sendo o quarto dos pacientes o local mais importante. Por isso tapetes, carpete, cobertores de lã e animais de pelúcia ou de estimação devem ser evitados. Abaixo algumas dicas úteis para maximizar o controle ambiental:

  1. Manter a casa arejada e ensolarada

  2. Utilizar colchões e travesseiros forrados

  3. Limpar o chão, colchão e móveis com pano úmido (não varrer), evitando materiais de limpeza perfumados. Optar por álcool, sabão de côco ou detergentes neutros.

  4. Lavar edredons a cada 7 dias

  5. Guardar roupas de lã em sacos plásticos fechados

  6. Lavar o nariz com soro fisiológico, hidratação e umidificação do ambiente

  7. Não fumar

Afonso Ravanello Mariante

CREMERS 27274

Otorrinolaringologista

Alterações do Olfato

     O olfato é o primeiro sentido desenvolvido embriologicamente. Além de ser importante para identificar sinais de perigo, como em casos de incêndio ou vazamento de gás, está intimamente ligado a uma boa qualidade de vida, permitindo a percepção de perfumes e contribuindo para aproximadamente 80% do sabor dos alimentos.  

     Alterações do olfato são frequentes, ocorrendo em cerca de 50% da populacão entre 65 e 80 anos e em aproximadamente 75% das pessoas acima de 80 anos. Em alguns casos pode ser um sinal precoce de desordens neurológicas como nas Doenças de Pakinson e Alzheimer.

     A anosmia e a hiposmia são, respectivamente, a perda e a redução do olfato. A hiperosmia corresponde ao aumento da olfação e a cacosmia é a sensação de odores desagradáveis. A parosmia ou disosmia significam distorção do olfato, e a fantosmia é a percepção de odores que não existem. 

     Dentre as possíveis causas, em mais de 60% dos pacientes a hiposmia ou a anosmia tem origem na cavidade nasal, secundária a infecções, traumatismos ou doenças inflamatórias como rinite alérgica e polipose nasal. Outras causas de alterações olfatórias são doenças neurológicas, tumores, envelhecimento, gestação, doenças metabólicas, exposição a agentes tóxicos, uso de medicamentos, cirurgias prévias e doenças psiquiátricas. Em aproximadamente 20% dos casos nenhuma causa é identificada.

     Além de uma anamnese detalhada, a  investigação do paciente inclui a endoscopia nasal, que permite a identificação das principais doenças nasais, exame de imagem neurológico (tomografia e ou ressonância) e exames laboratoriais. O tratamento deve ser individualizado e baseado na doença de base. A plena recuperação do olfato e a melhora da qualidade vida são os objetivos do tratamento. 

 

Afonso Ravanello Mariante

Otorrinolaringologista

Porto Alegre, RS

Rinossinusite Crônica

     A rinossinusite crônica (RSC) é definida como a inflamação do nariz e dos seios paranasais com  duração superior a 12 semanas. Diversos fatores foram amplamente estudados como potenciais agentes etiológicos como alergia, asma, alterações anatômicas, fungos, bactérias resistentes e deficiências imunológicas. Apesar disso ainda não existe consenso.

     As manifestações clínicas são as mesmas da rinossinuisite aguda, porém com algumas peculiaridades. A dor e a obstrução nasal são menos frequentes, e a secreção nasal costuma ocorrer em menor quantidade. A tosse é muito comum e pode ser único sintoma, especialmente em crianças, e muitas vezes pode ser seca. O sentido do olfato usualmente está comprometido e pólipos nasais podem estar presentes. Exacerbações agudas com piora da dor e aumento da secreção são comuns.

          A endoscopia nasal e a tomografia dos seios paranasais são exames de suma importância na avaliação dos pacientes, uma vez que a história clínica e a rinoscopia anterior muitas vezes são inconclusivos. O tratamento inclui lavagens nasais com solução salina e uso de sprays de corticóide nasal. O uso de antibióticos e corticoesteróides por via oral muitas vezes é necessário, principalmente nas agudizações. Diversos estudos demonstraram um impacto significativo na qualidade de vida de pacientes portadores de rinossinusite crônica, semelhante aos de enfisema pulmonar e de insuficiência cardíaca. A cirurgia endoscópica nasossinusal é uma ferramenta importante do tratamento e está associada a uma melhora significativa na qualidade de vida.

 

Afonso Ravanello Mariante

Otorrinolaringologista

Porto Alegre, RS

Sinusite Aguda

     A sinusite, ou rinossinusite é definida como a inflamação da mucosa nasal e dos seios da face, que pode ser causada por vírus, bactérias, fungos e agentes químicos. A rinossinusite aguda é aquela em que os sinais e sintomas tem duração inferior à 12 semanas.

     As principais manifestações clínicas são congestão nasal, secreção nasal, dor ou pressão facial, redução do olfato e do paladar. Tosse e febre podem ocorrer. Uma das principais diferenças entre os quadros virais e bacterianos é o tempo de duração da doença. Os quadros virais tendem a apresentar uma melhora dos sintomas a partir do quinto dia, ao contrário das infecções bacterianas, nas quais o paciente comumente apresenta piora clínica após o quarto ou quinto dia de doença. A tosse e a secreção costumam ser os últimos sintomas a desaparecer, independentemente do agente etiológico.

     Ao exame físico é comum visualizar edema da mucosa nasal e secreção pós-nasal descendo pela garganta. O uso de endoscópios rígidos ou flexíveis permite a visualização da secreção nas principais vias de drenagem dos seios paranasais. O RX dos seios da face normalmente é desnecessário.

     O tratamento consiste em analgesia e lavagens nasais. O uso de antibióticos nem sempre é necessário, podendo muitas vezes ser evitado, especialmente nos casos leves. Corticoesteróides são particularmente úteis em pacientes com dor intensa ou edema significativo ao exame endoscópico.

     Apesar das várias opções terapêuticas disponíveis, a rinossinusite pode desenvolver complicações, com extensão da infecção para a órbita (olho) ou para o sistema nervoso central (cérebro). Nos casos associados a complicações, refratários ao tratamento medicamentoso ou em pacientes com sistema imunológico comprometido (pacientes em quimioterapia ou HIV) a cirurgia endoscópica nasossinusal é uma excelente opção.

 

Afonso Ravanello Mariante

Otorrinolaringologista

Porto Alegre /RS